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Mudar é preciso…

Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças” (Charles Darwin)

Esta célebre frase de Darwin nos conduz à reflexão sobre a presença inevitável das mudanças nos vários aspectos de nossas vidas, como um desafio que precisa ser aceito para a garantia de nossa existência. Assim também se apresenta essa realidade em nossa vida profissional, como professores de idiomas.

[CORTAR]Um dos maiores exemplos da dificuldade de lidar com a mudança em nossa vida profissional se manifesta quando nos deparamos com o desafio de ter que trabalhar com um material novo, que ainda não conhecemos. Isso aconteceu recentemente com muitos de nós, com a adoção de novos livros nos cursos de inglês, espanhol e alemão feita pela Companhia de Idiomas. Preocupada com a constante atualização e melhoria dos seus cursos, a Companhia de Idiomas investiu nessa tarefa, contando com a opinião de muitos de nós para a escolha dos novos materiais. E quando chegou o momento de trabalhar com eles, paramos e pensamos: E agora, o que fazer?

A pergunta sugere o reconhecimento de que teremos que repensar nosso modo de dar aulas, reestruturando as estratégias que tínhamos com o material anterior, e isso se resume em: mais trabalho! Isso sem falar nas dificuldades de adaptação que teremos com grupos que iniciaram o curso com o material antigo e, no nível seguinte, farão a mudança para o novo material, pois sabemos que os conteúdos linguísticos estão distribuídos de forma diferente e teremos que suar a camisa para encontrar maneiras de driblar as possíveis repetições ou a falta de um determinado conteúdo.

E, ao começar a trabalhar com o novo livro, são inevitáveis as comparações, tanto suas como dos próprios alunos: o livro antigo explicava melhor, tinha exercícios mais desafiadores, etc. Mas, como em toda mudança, perde-se em alguns aspectos e se ganha em outros, e nosso papel diante disso é aproveitar o que se ganha e explorar por meio de outras ferramentas de ensino o que se perde. Afinal de contas, o livro é apenas uma das ferramentas possíveis para compor uma aula! Mesmo reconhecendo o papel do livro como norteador dos conteúdos, mesclar seu uso com jogos, textos de revistas e jornais, músicas, vídeos e até mesmo atividades de outros livros certamente tornará a aula mais completa e enriquecedora.

Também é preciso reconhecer a contribuição dessa mudança para nosso crescimento como profissionais, já que com ela teremos a oportunidade de conhecer outras formas de abordagem dos conteúdos e assim refletir sobre as melhores estratégias a serem utilizadas em cada caso. Poderemos ser mais críticos, refinar nossa opinião sobre os materiais, pois teremos elementos para comparar, e essa reflexão nos tornará profissionais muito melhores. Esse é um caminho não só para a sobrevivência, mas também para a excelência!

Professora Nayna Nunes

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Com graduação e mestrado em Letras pela UNESP, está na Companhia de Idiomas desde 2006. Foi várias vezes premiada como professora Excelência – prêmio dado a professores com os melhores índices em Pesquisas de Satisfação de Alunos. Também foi várias vezes premiada como primeiro Lugar no Ranking de Espanhol.