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Você está atrás de aprendizado ou desempenho?

Você pode gostar ou não da Beyoncé, com uma coisa você vai concordar: ela consegue ter altíssimo desempenho em tudo o que faz. E consegue o mesmo de seu time, o que é sempre mais difícil.

O Eduardo Briceño, da Mindset Works, diz que a Beyoncé consegue isso porque trabalha sempre alternando dois objetivos: o do aprendizado e o do desempenho.

Mas você sabe o que isso quer dizer?

 

Aprendizado

1. Você faz algo (uma planilha, uma reunião, uma palestra etc)
2. Você destina tempo para observar o que fez (porque você filmou, porque você releu, porque você anotou alguns pontos etc)
3. Você reflete sobre o que pode aprender, como pode fazer melhor da próxima vez
4. Você anota estes aprendizados
5. Da próxima vez que vai fazer a mesma coisa, ou algo parecido, você primeiro relê sua lista de aprendizados
6. E faz melhor!

Resumindo:

Execução > Observação > Análise, que levarão a Reflexão > Ajustes > Execução melhorada.

Exatamente o que a Inteligência Artificial é capaz de fazer: olhar sem emoção para os erros, corrigir sem perda de tempo com reclamações, culpa ou mimimi. E fazer de novo, de um jeito um pouquinho melhor.

Como em um jogo de boliche, que ninguém chora porque não derrubou nenhum pino, e até se diverte com isso. No entanto, meio que intuitivamente, a gente tenta corrigir a técnica escolhendo uma bola mais leve, mais pesada, maior, menor; ou colocando menos força, se curvando mais ou menos etc. A questão aqui é encarar o “insucesso”  como parte do jogo, mas sem displicência. Com responsabilidade sobre o resultado.

 

Desempenho

Se Zona de Aprendizagem é um trabalho de bastidores, a Zona de Desempenho é o palco.

Se ficamos tempo demais no palco, e se somos aplaudidos, podemos correr o risco de achar que não temos mais nada a aprender. Tanta gente dizendo que arrebentamos, que somos sensacionais, que arrasamos, que a gente… acredita.  Beyonce curte os aplausos, mas destina tempo pros ajustes e novos ensaios. E mesmo que as empresas nos sobrecarreguem de trabalhos a executar, parece ser muito inteligente destinar um tempo explorando e ajustando a forma como fazemos, e até pensando sobre o que fazemos e o porquê, ao invés de só executarmos. Conquistamos produtividade inteligente com isso – e não aquela produtividade automatizada, como um profissional que trabalha como caixa de supermercado e que passa os produtos rapidamente, sem pensar em nada, cumprindo a função do dia. Quem nunca ligou o automático e deixou os dias correrem?

 

Como ampliar sua Zona de Aprendizagem, após cada Desempenho

  • Não exagere em nenhuma das duas zonas. Alterne-as. Assim você não se torna um profissional que só estuda/ensaia, e sempre dá uma desculpa para não encarar desafios. E também não se torna o profissional que adora o palco (que deixa de ser desafiador com o tempo) e não consegue identificar pontos de desenvolvimento, porque a auto estima fica alta demais.
  • Crie ou cobre um ambiente de baixo risco para testes e ajustes, pois sem eles não existe zona de aprendizagem. Todos têm de performar, realizar, conquistar, bater as metas, mas as consequências por testar e errar por isso não podem ser sérias.
  • Escolha um mentor com quem você pode ter conversas vulneráveis. Com ele, você pode dizer como se sente, o que mudaria se tivesse alçada, qual ideia maluca você teve para solucionar aquele problema. Ele não pode julgar, roubar sua ideia, nem achar você louco. Deve ser alguém capaz de escutar e ter uma conversa inteligente.
  • Se você é um líder, acelere a zona de aprendizagem, mostrando -se vulnerável ao seu time. Quando o líder abdica da máscara de perfeito e se mostra falível, aprendiz, curioso por novas formas de ver os velhos desafios, a zona de aprendizagem se instala.
  • Mas não transforme esta espiral Execução/Ajustes em um ponto de stress. Curta as pequenas conquistas, ajuste o que precisa ser ajustado, e volte pro palco – ou pra planilha – melhor que ontem.

 

Escrito por Rosangela Souza e publicado na coluna mensal do portal MundoRH. Editado para o blog da Companhia de Idiomas.

Rosangela Souza (ou Rose Souza) é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em Letras/Tradução/Interpretação pela Unibero, Especialista em Gestão Empresarial, MBA pela FGV e PÓSMBA pela FIA/FEA/USP, além de cursos livres de Business English nos EUA. Quando morava em São Paulo, foi professora na Pós Graduação ADM da FGV. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs. Colunista dos portais Catho, RH.com, MundoRH, AboutMe e Exame.com. Desde 2016, escolheu administrar a Companhia de Idiomas à distância e morar em Canela/RS, aquela cidadezinha ao lado de Gramado =) . Quer falar com ela? rose@companhiadeidiomas.com.br ou pelo Skype rose.f.souza